· EXPEDIENTE


quinta-feira, março 31, 2005

Pimenta no rabo dos outros é gel lubrificante...


Há uns 10 dias, fiz um comentário num post publicado pelo Andye ou por uns dos nossos Fábios. Enfim, não lembro quem. Mas, fato é que eu elogiava a iniciativa da assessoria do Ministério Público do Paraná, que lançara (este era o teor do post referido) as tais "Pílulas de Direito", explicando termos jurídicos que nem sempre são de domínio dos repórteres. Gostei tanto da idéia que fiz meu cadastro e estou recebendo as tais "pílulas" desde então. No comentário, lembrei que tinha feito essa mesma proposta a alguns de meus colegas que trabalhavam comigo no Diário, há alguns anos. E disse que a idéia não prosperou. Só isso. Não atribuí culpas ou acusei alguém (nem nas entrelinhas) de ter bombardeado a minha proposta naquela época. Não frutificou e pronto! Mas, alguém que lê o blog e viu o comentário, fez deduções precipitadas e telefonou a um amigo dizendo que eu tinha sacaneado com ele, responsabilizando-o indiretamente pelo fato da proposta não ter vingado entre o pessoal do jornal. Que este cara, portanto, preste atenção. O espaço aqui é aberto, mete a boca quem quer, discorda quem quer, dá porrada verbal quem quer. Mas, que se não perca de vista que, antes de uufruir desse direito, é preciso zelar pelo caráter. Quem não o tem, que tente, ao menos, preservar o dos outros. É muito chato desperdiçar linhas com um assunto irrelevante como este, admito. Mas, tenha dó, fofoqueiro!






Bastidores


Mais uma que você só vai ler aqui.

Fiquei sabendo hoje que a RPC fez uma reportagem sobre as árvores que são usadas como instrumentos de publicidade. Quem é leitor do blog sabe que a bola foi levantada aqui pelo Jorge Villalobos.

Mas, o que me chamou a atenção e merece debate jornalístico é que o Jorge foi comunicado de que não iria aparecer na reportagem porque estaria muito em "evidência"!

Agora o fogo na lenha: se o cara "descobriu" o assunto, divulgou, encaminhou representação ao Ministério Público, é uma das maiores autoridades sobre Meio Ambiente na cidade e vai ser ignorado ainda mais depois de dar todas as informações para a matéria televisiva?

Se for por aí, o prefeito Silvio Barros nunca mais poderá dar entrevista para a tv porque ele está quase que diariamente na mídia.






O Vencedor


loyzo smolinsky A simpatia aí da foto é o cineasta eslovaco - e radicado em Nova York - Loyzo Smolinsky. Ele é quem está produzindo um filme sobre a vida do maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima e esteve três dias em Maringá para conhecer a rotina e família do atleta que virou celebridade após ser atacado por um fanático religioso na Olímpiada.

Smolinsky agiu como todo tradicional turista: vestiu camisa do Brasil, provou caipirinha, falou de futebol e disse estar encantado com o país, onde as pessoas são muito receptivas.

O roteiro do filme "Marathon" deve estar pronto em setembro. Porém, as filmagens devem começar somente no primeiro semestre de 2006 e o filme entra em circuito em 2007. O filme não será um documentário, será focado na vida profissional do maratonista com ênfase na espiritualidade e terá atores brasileiros que falem o idioma inglês. A curiosidade fica por conta do simbolismo, pois o filme terá duração de 2h12min11s, tempo que Vanderlei levou para terminar a maratona.

Leia mais sobre a estadia de Smolinsky em Maringá e sobre o filme no site MaringaNews (em entrevista feita por Rafael Bruno) e na edição de amanhã do Hoje Maringá e da Gazeta do Povo. Foto: Andye Iore






Coluna do Meio


Brasil 1 x 1 Uruguai. Precisa dizer mais alguma coisa?






"A Queda para o Alto"


Em 1982, conheci a história de Anderson Bigode (Big) ou Sandra Mara Herzer, verdadeiro nome da autora de “A Queda para o Alto”, livro publicado naquele mesmo ano, apenas alguns dias depois da morte desta mulher-macho incrível, que saltou de um viaduto da Avenida 23 de Maio, em São Paulo. A obra é prefaciada pelo senador Eduardo Suplicy, à época deputado estadual. É a ele, também, a quem Herzer chamou de “amigo, pai, irmão, mestre, homem”, que o livro é dedicado.

Perdidamente apaixonada pela atriz Natália do Valle (toda vez que a vejo em cena, lembro disso), Herzer tinha uma namorada firme, Vanderlice. Ambas trabalhavam na Assembléia Legislativa de São Paulo. Essa história comovente, de exclusão, preconceito, veio até mim através de um pequeno artigo do Jornal da Tarde, que informava o suicídio da autora, e, ao mesmo tempo, anunciava o lançamento do livro.
Coisas do destino: li o artigo num sábado, no Terminal Tietê, dentro de um ônibus que me levaria a Rio Claro para um fim de semana atrás de um grupo de Punks, tema de um programa de TV que fiz na faculdade de jornalismo, como conclusão de curso. A leitura impressionou-me, de imediato. Pensei: "vou atrás disso", era o assunto que eu precisava para um programa de rádio, também de conclusão de curso.
Sentada na fileira de trás, uma senhora observava-me pelo vão dos bancos. Levantou-se e disparou, para meu espanto: “Conheci Herzer, ela trabalhou comigo na Assembléia Legislativa”, disse a mulher, apresentando-se como Julieta. Fiquei emocionado. Parecia um encontro marcado pelo Anderson ou Sandra, tanto faz. Pesquisei tudo o que pude, conheci todos que conviveram com esse personagem lindo. Tornaram-se meus amigos. Suplicy, então, a quem eu já admirava muito, ganhou o meu respeito definitivo desde então.

Em 1982, Herzer contava sua curta existência, mas não esperou pela publicação. Capítulos de uma vida dentro da FEBEM, que já na ocasião era um depósito de crianças e jovens descartados pelo mundo. Exatamente como hoje...






Na espera da árvore?


Não é somente uma questão de cortar árvores com parecer técnico do órgão competente, mas, também deve existir um sistema que garanta a implantação de mudas novas que substituam as anteriores. Caso contrário, estaremos em pouco tempo vivendo num deserto absoluto.
A quem cabe esta responsabilidade?

na espera da arvore

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá






Este buraco não é da BR


No domingo pensei que estavam abrindo nas ruas covas para plantar árvores. Porém, isso não era certo, ledo engano. Os buracos, e não covas, estavam por toda parte. Pensei na sequência que estava numa BR, também ledo engano, estava numa rua de um bairro na cidade de Maringá.
Certamente é uma questão de dinamismo econômico, borracherio ativo, suspensão, pneus e assim por diante.

buraco

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá






Os novos cartazes


De fato, a dinâmica economia da cidade está por toda parte. Na semana passada foi um evento cultural que trouxe à cidade turistas locais e a propaganda ocupou postes e pontos de ônibus. Agora a estratégia pegou e mesmo fora da lei vai virando moda. Assim a poluição visual corre solta e crescente na cidade ecológica. A quem parabenizar por esses logros?

cartaz

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá.





quarta-feira, março 30, 2005

O que você vai fazer durante o jogo Uruguai X Brasil?


1) Jogo? Que jogo?
2) Vou dormir. Amanhã acordo cedo
3) Hoje não tem Big Brother Brasil?
4) Vou lavar a louça do jantar
5) Quem vê o Campeonato Paranaense suporta qualquer coisa. Vou ver o jogo
6) Quanta besteira. O Factorama está devagar hoje






Preguiça


Este post é só pra quem quiser protestar por não ter entrado nenhum post de hoje.





terça-feira, março 29, 2005

Que saudade do Notícias Populares!


Se Maringá tivesse um jornal popular, esta seria a capa da edição de amanhã.

noticias populares

O fato aconteceu no início da tarde de hoje em Maringá. Foto de João Mário Goes.






Quem não tem falcão, caça com pardal


Há um ano ou mais, quando anunciaram a construção daquele corredor para pedestres entre as avenidas Prudente de Morais e João Paulino Vieira Filho, entendi que era até razoável a iniciativa. Isso, claro, considerando a longa extensão da quadra entre as avenidas Duque de Caxias e Herval, só interrompida justamente por aquele vão. Mas, chamar aquilo de calçadão é pretensão demais. Em todo caso, não apenas chamaram de calçadão como garantiram que seriam montadas ali banca de revista, posto fixo para venda de ingressos, e, se não me engano, também uma floricultura.
Volta e meia se fala em calçadão na cidade. O exemplo mais próximo vem de Londrina e parece "entalado" na garganta de muitos maringaenses. Quando o assunto emerge, pensa-se, de imediato, na avenida Getúlio Vargas, a única que tem realmente alguma vocação para um boulevard. Creio que as calçadas largas previstas para o Novo Centro vão, de certa forma, resolver parte do "problema". A revitalização da Avenida Brasil, também necessária, deverá incluir alguma preocupação neste sentido. Quanto ao corredor construído, que continua praticamente sem uso e sem atrativos, a não ser para o "pipi" dos cães de rua, creio que possa ser utilizado para vacinação de gado. Ou, ainda, que seja liberado para que moradores das vizinhanças instalem um varal coletivo no local.






Frutos do bar...


Ouvir conversa alheia não é recomendável. Mas, tem gente que fala alto, quer ser ouvido. Então, escuto, aproveito sílaba por sílaba. Foi isso o que aconteceu na penúltima sexta-feira. Tava num barzinho, imediações da JK, esperando uns amigos. Dois caras, na mesa ao lado, bebendo. Bebendo e falando, sem parar. Deviam ser vizinhos de apartamento em algum lugar nobre da cidade. Desciam a ripa no pessoal do prédio. Notei que ambos eram linguarudos. Teriam uns 40 anos, calculei. A prosa tomava rumos diferentes a cada minuto. Viagens para para a Europa, Estados Unidos, familiaridade com endereços elegantes (clubes e restaurantes) de Sampa, Floripa, Campos do Jordão. Gente de muita grana, pensei.
Um deles trazia uma sacola de mercado, daquelas médias. Era bacalhau, norueguês autêntico. "Gastei R$ 180,00", disse o titular do pacote. E o outro retrucou: "Ah, nem compro mais. Da última vez, eu mesmo preparei uma receita ótima, mas tínhamos massas na mesa e ninguém se lembrou do bacalhau", explicou. "E olhe que preparei três quilos!" Quietinho no meu canto, salivando feito cão sarnento diante do açougue, fiz as minhas contas. Em quase cinco séculos de vida, não degustei metade do bacalhau que meu vizinho de mesa descartou. Se falassem de lambari, cará ou traíra eu tava em casa. Tadinhos...





segunda-feira, março 28, 2005

Hit vascaíno


Depois da derrota para o Olaria, por 2 a 1, na Taça Rio, a torcida do Vasco resolveu homenagear o técnico Joel Santana. O resultado até que ficou legal.

"Joel Santana, seu cachaceiro, sai do Vasco e vai tomar Velho Barreiro"


"Joel Santana, cadê você? Eu vou pagar uma cerveja para você"






Protesto


Circula pela internet um e-mail convocando a população a protestar amanhã, dia 29, contra a "farra no Congresso Nacional".
O chamado é para que as pessoas saiam de suas casas vestindo camisas pretas e pendurem pedaços de panos pretos nas janelas em sinal de luto pela morte da dignidade dos políticos brasileiros.

É claro que tudo isso se refere ao novo presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, e sua proposta de reajuste no salário dos deputados.

O tal e-mail vem com os seguintes dados mensais sobre os 514 deputados:
• salário - R$ 12 mil
• auxílio-moradia - R$ 3 mil
• despesas de combustíveis - R$ 15 mil
• verba para assessores - R$ 3,8 mil
• trabalho em recesso - R$ 25,4 mil
• verba do gabinete - R$ 44 mil
• e mais: direito a quatro passagens aéreas ida e volta a Brasília; contratar 20 servidores por gabinete; 13° e 14° salários; 90 dias de férias; folga remunerada de 30 dias






Maringá Urgente


O programa policial Maringá Urgente (RTV, canal 10) completa amanhã uma semana fora do ar. O noticiário deixou de ser transmitido após uma discussão nos bastidores entre o apresentador Ismael Santos e o proprietário da emissora, João Cioffi.

O horário do programa, que passava das 11h30 às 12h30, era comprado e foi interrompido por decisão de Cioffi. Desde a quarta-feira passada a direção do Maringá Urgente conta com uma liminar da Justiça que exige o retorno imediato da transmissão do programa, sob multa de R$ 2,6 mil à RTV para cada dia de descumprimento. Até agora o programa não voltou ao ar. Informações não-oficiais dão conta que o Maringá Urgente deve voltar ao ar nos próximos dias, transmitido por outro canal de televisão.

O Maringá Urgente é um programa popular e concorrente direto do campeão de audiência Pinga Fogo na TV. O noticiário ganhou a simpatia do povo por expor com doses de escracho os criminosos apanhados pela polícia.






O Carona


No domingo, próximo das 17h30 na avenida Colombo, entre a rua Lauro Werneck e a avenida São Paulo, um garoto brincava de pegar carona nos caminhões. Era como uma brincadeira de jogar bola no final de tarde, enquanto os adultos continuam falando de segurança no trânsito.
bicicleta factorama

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá

Fotografia de Marcus Dolis






Novas espécies de árvores são identificadas em Maringá - Parte III


Depois de um merecido descanso de final de semana, voltamos para tentar concluir o levantamento das novas espécies de árvores encontradas na cidade de Maringá. Esta tarefa ao princípio parecia uma empreitada difícil, que daria poucos resultados, no entanto, não tem sido isto.
Os diferentes usos que os cidadãos maringaenses proporcionam ás árvores é surpendente, o que mostra de forma inequivoca a forte tradição ecológica que existe na cidade e em particular na fiscalização, que é por todos reconhecida como a peça chave do processo de formação de novas práticas ambientais.
Vamos aos fatos:

arvore placa




Árvore placa
: Esta espécie substitui os postes de metal ao mesmo tempo que proporciona sombra a quem infringe a sinalização de trânsito.



Árvore cesta




Árvore cesta: Esta espécie não somente é utilizada para o depósito de lixo mas também proporciona ao morador a possibilidade da prática do esporte. Especialmente lançamento do lixo, descarregando assim todo o strees do trabalho e da casa.



Árvore mista



Árvore mista: Esta espécie além de colaborar ativamente na venda de frutas, faz o papel de tensor assegurando a lona que sombreia os produtos, certamente também proporciona sua sombra como complemento do negócio.



Árvore babá




Árvore babá: Esta espécie é encontrada em inúmeros lugares da cidade. Serve para deixar protegido o lixo que não sabemos onde depositar. Esta árvore se encarrega de proteger os resíduos até que o gari os recolha.





Os posts que estamos publicando sobre árvores não somente são uma chamada de atenção para observar mais atentamente nosso entorno, como também servem para estabelecer procedimentos administrativos que procurem os responsáveis de tais práticas.

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá





domingo, março 27, 2005

Acidente na Avenida Alziro Zarur


acidente

Há poucos minutos, quando regresávamos do almoço, um carro de Paiçandu terminou capotando na Avenida Alziro Zarur, na esquina com a Avenida José Alves dos Santos. O motorista, dizem as testemunhas, saiu ileso. Um bom presente de Páscoa!






Woodstock evangélica


Quem mora nas imediações da Vila Olímpica passou de sexta até hoje ouvindo os pastores pentecostais gritando junto com os fiéis no interior do ginásio Valdir Pinheiro. Contei que há pelo menos 25 ônibus estacionados no local. Dezenas de barraquinhas de comida suspeita foram armadas na calçada para dar suporte ao povo. A sensação de ver como os alimentos são feitos dá calafrios. Em uma barraquinha de cachorrão, uma pilha de calabreza picada com uns 20 centímetros de altura aguarda os clientes para ir à chapa. O comércio ambulante funciona com total liberdade e tem gente vendendo de gravatas a CDs aos irmãos.





sábado, março 26, 2005

Repórter sofre...


Ouçam o que o lateral-esquerdo Marcinho do Grêmio disse a Cristiano Silva, repórter da Band AM 640 (RS), logo após ser substituído no jogo Bahia 2 X 1 Grêmio pela Copa do Brasil. Cristiano perguntou ao jogador se ele havia sentido alguma contusão. A resposta...

Confira aqui (apenas 413kb)






Alexandre Pires, o penduricalho do saco de Bush


Como cantor, apesar da voz afinada (não gosto do tom), acho um fiasco, especialmente pelo repertório. Mas, como cidadão, o homem é insuportável. Atropelou, matou e saiu ileso. Bastaram alguns meses longe da mídia, uma boa grana pra família do coitado que atravessou na sua frente e tudo foi devidamente esquecido. Mas, esse imbecíl destruiu de vez o pouco de respeito que eu tinha por ele quando esteve na Casa Branca e cantou para o "corvo da morte", Bush. Não bastasse a cantiga de ninar demonio, ainda fez o impensável: abraçou o maior psicopata do mundo atual e chorou copiosamente de emoção. Hoje, esse sujeitinho ta aqui (Parque de Exposições, à noite) cantando para milhares de pessoas que, certamente, não estão interessadas no que ele fez...





sexta-feira, março 25, 2005

Questão só de uma vírgula...


Dia quieto. Blog silencioso hoje. Cadê o povo? Que rumo tomou a galera? E os rebeldes, os conformados, os engomadinhos, os sedados, os obcecados, os descamisetados, os enfastiados...para onde foram? Ah, agora me toquei...


É Sexta-Feira, Santa !






Aquarela brasileira


O questionário que o Ministério da Educação enviou às escolas, solicitando que os alunos se enquadrem como brancos, pardos, pretos ou índios está provocando um “quiprocó” , especialmente entre os pais dos estudantes de Maringá. Imagino que a bronca tenha se alastrado também por todo o país. Depois de séculos de preconceito, todos relutam em responder que seus filhos são pardos ou pretos, principalmente. Mas, é a partir desse enquadramento, onde as próprias pessoas definem “suas cores”, que o Governo Federal poderá avaliar as tais cotas reservadas nas universidades para uns e outros.
Associada ao mal, à escuridão, às trevas, a cor preta carrega todo um lixo de significados absurdos. Pardo, então, no rastro desse preconceito tolo e sem fim, nos remete a uma cor que não ficou nem cá, nem lá, uma mistura que sugere “impureza”. Proponho uma radicalização nesta aquarela brasileira. Ao invés de brancos, que sejamos definidos como “leitosos”; no lugar de pardos, recorro à sabedoria mineira do “café com leite”. Para substituir o preto, fico com o café. Tamos conversados.







Sexo: não desista no primeiro gole...


O dia – dirão alguns – não é propício pra isso. Mas, vamos lá:


Pesquisa publicada há algum tempo na Net levou homens e mulheres adultos para um teste curioso. Os voluntários tinham de olhar uma série de fotos de pessoas do sexo oposto e indicar por quais delas se sentiam atraídos fisicamente. Na primeira rodada de testes, todos os pesquisados estavam completamente sóbrios. E não deu outra: mulheres e homens selecionaram as fotos em que seus opostos apresentavam traços mais harmoniosos, dentro de um padrão de beleza e sensualidade mais ou menos universal, digamos.

Agora vem a melhor parte da pesquisa. Logo em seguida, todos os voluntários foram convocados a ingerir doses de bebida alcoólica e, de novo, foram convidados a apreciar todas as fotos. Dessa vez, o “grau” de exigência afrouxou bastante. E a nova seleção de “desejáveis” acabou incluindo fotos de pessoas que tinham sido sumariamente descartadas na primeira passada, sob o efeito da sobriedade.

O que se pode extrair desse estudo é isso: a sobriedade é exclusiva, enquanto a cachaça é a grande indutora da inclusão social. Ou, ainda, uma outra conclusão, essa bem mais popular: cu de bêbado sempre encontra um dono.





quinta-feira, março 24, 2005

Felizes para sempre!


Tudo bem que uns são mais “privilegiados” que outros, que uns trabalham mais que outros, que uns são mais inteligentes que outros, mas daí a ter uma fortuna pessoal de 5,2 bilhões de Dólares já é demais.

Pode até parecer mentira, mas não é. Joseph e Moise Safra são os brasileiros melhores colocados no ranking da revista Forbes, o qual é publicado anualmente e diz quem é quem no mundo capitalista.

Se você ficou imaginando quantos anos levaria para conseguir esse dinheirão todo então se prepare... multiplique por 9 o valor da grana dos irmãos Safra e você encontrará o nome mais “violento” de todo o “mundo selvagem”: o nerd Bill Gates (com 46,5 bilhões de Dólares de patrimônio pessoal)!

O segundo mais rico do mundo é Warren Buffett, misto de guru e especulador norte-americano; sua fortuna é de 44 bilhões.

É dinheiro que não acaba mais!






E por falar em bilhões...


O projeto da Itaipu Binacional iniciou-se por volta de 1979. Naquela época, como não havia recursos próprios para a construção da usina, optou-se por se fazer um empréstimo de 12 bilhões de Dólares.

Ficamos todos muito felizes em: 1) conseguir o dinheiro emprestado e 2) em construir – efetivamente – a maior hidrelétrica do mundo.

Só que quem empresta dinheiro raramente é tonto. Ele se faz de tonto, mas de bocó ele não tem nada! Por isso, esqueça tudo o que você aprendeu em termos de solidariedade e de matemática e acompanhe as contas abaixo:

Em 1979 pegamos emprestados USD 12 bilhões. Ao longo de 26 anos já pagamos, pasmem, USD 25 bilhões! É mole ou quer mais. Se você “quer mais” então se segura: ainda devemos USD 19 bilhões!

As perguntas que ficam: Quem são as pessoas que emprestaram esse dinheiro? Quem está levando essa montanha de dinheiro para casa? Será que essa conta não está errada? Por que não dá para ser feliz?






Toda besta


Uma revista chamada Toda Teen, da editora Astral, foi deixada ao lado da minha mesa. Dei uma folheada na edição, que já é do mês que vem: nº 113 - abril de 2005. Entre toda a inutilidade do material, destacam-se as dicas sobre os gestos que os caras fazem quando estão interessados em uma garota. Trata-se de uma versão mixuruca e compacta para as adolescentes de O Corpo Fala.

As leitoras de Toda Teen foram “informadas” que se o cara está afim, ele:

• Estufa o peito e joga os braços para trás (O cara deve ser um mané)
• Ergue as sobrancelhas por um curto período (De susto!)
• Ajeita o cabelo ou a gola da camisa (Atitude suspeita)
• Presta atenção no que ela fala (Ele pode ser surdo. O correto seria prestar atenção no decote)

A mesma matéria conta ainda que, de acordo com o livro Atração, decodifique a linguagem do amor, a rapazeada demora 30 segundos para perceber que uma garota faz seu tipo. Quem escreveu o livro foi uma mulher, o que deve justificar esse erro grosseiro de cálculo. Ainda consta que as meninas demoram – eu não acredito – dois segundos para identificar se o cara faz o tipo delas. Só se ele estiver dentro do carro.






A luz e a escuridão


No início deste mês o prefeito Silvio Barros II havia determinado testes para a implantação de um novo sistema de iluminação pública, que utilizaria lâmpadas de vapor de sódio. Isso geraria uma economia ao município e aumentaria a segurança (as novas lâmpadas proporcionam maior luminosidade).

Pelo menos a questão da economia está indo bem, mas de outra forma. Na avenida Paraná a cada três lâmpadas apagadas uma está acesa. É um breu total, e se não fosse pelos “iluminados” carrinhos de cachorros-quentes não daria pra ver nada mesmo. Azar de quem tem que passar pelo local depois das 23h50 quando todos os “cachorrões” estão fechados.






Tá difícil pra todo mundo


Este é o pneu de um ônibus da TCCC que trafegava às 13h30 de hoje pela avenida São Paulo. A indicação de reformado leva à reflexão de que se a única empresa de transporte coletivo da cidade evita comprar pneus novos, imagine então os demais maringaenses. Foto: João Mário Goes






O PR no poder do PT


Ênio Verri (ao centro na imagem) é o segundo maringaense a integrar o governo federal. Gilberto Pucca (à direita) está como coordenador nacional de Saúde Bucal, do Programa Brasil Sorridente, do Ministério da Saúde, desde março de 2003, depois de ser chefe da Vigilância Sanitária em Maringá.

vermelhou

Já Verri foi secretário da Fazenda e de Governo em Maringá e foi para Brasília após ser derrotado pelo ex-prefeito João Ivo Caleffi na prévia petista que escolheu o candidato do partido para disputar a prefeitura maringaense nas eleições municipais no ano passado. Com a nomeação do deputado federal Paulo Bernardo (à esquerda) como ministro do Planejamento esta semana, Verri ganhou o cargo de chefia de gabinete do ministério.

Também vale citar que Marino Gonçalves saiu da Secretaria de Meio Ambiente em Maringá para o Ibama em Curitiba. Fotos: Andye Iore






Parte II - Novas espécies de árvores são identificadas em Maringá


Para dar continuidade a esse nosso catálogo de novas descobertas de espécies de árvores aqui está a entrega da segunda parte e não será a última:


arvore solidariaÁrvore solidária. Esta espécie gosta de garantir segurança aos pedestres participando ativamente na delimitação dos lugares perigosos que existem nas calçadas. São importantes colaboradoras dos que trabalham com os sistemas de redes urbanas de água, energia elétrica e telefonia fixa.




arvore girasol



Árvore girasol. Esta espécie acompanha as intenções do proprietário que um dia acorda com a vontade de mais para lá ou mais para cá, enquanto o lugar definitivo não é determinado.





arvore tensor



Árvore tensor. Esta espécie se caracteriza por estar sempre enforcada por cordas que sustentam faixas, toldos ou mercadorias. Podem ser vistas, nas proximidades do Estádio Regional, ajudando a sustentar varais com camisetas dos times;







Árvore poisé (Sem foto). O nome foi dado em homenagem a um leitor do FACTORAMA que identificou a espécie, porém não enviou a fotografia. Ele argumentou que: "... mijar em árvore de madrugada não tem preço. Ainda bem que não mata... ainda. Se bem que tem uma que já tá viciada"



árvore gancho Árvore gancho. Esta espécie é conhecida de muitos. Ela é famosa pois é receptora dos pinduricalhos de lixos domésticos em sacolinhas de supermercados. Uma longa lista com os endereços, na qual a espécie aparece, esta em mãos do pessoal do meio ambiente. Estou aguardando as providências.





Como podemos ver, o melhor amigo do homem pode não ser o cachorro e sem as nossas árvores que estão prontas para todo tipo de atitudes prestativas, inclusive aquela que o cachorrinho gosta de fazer.
Se você descobrir outra espécie, por favor não duvide em enviar notícias, que iremos a inclui-las nesse famoso guia das qualidades ambientais desta cidade ecológica.

Texto do Programa Observatório de Maringá






Dieta fast food


vai um lanchinho ai Depois de ver o documentário “Super Size Me”, você pensa duas vezes antes de comer um lanche de alguma rede de alimentação. No caso o McDonald’s. O cineasta Morgan Sporlock se submete à uma maluca dieta de comer por 30 dias somente alimentos vendidos na rede McDonald’s.

O título Super Size, significa lanches, bebidas e fritas do tamanho gigante (não disponíveis no Brasil). Logo no início do filme, Spurlock leva 15 minutos para comer todo o lanche e tomar um copão de refrigerante. Acaba vomitando em seguida.


Ele engorda 13 quilos em um mês e ganha problema no fígado, fica cansado facilmente e seu desempenho sexual vai lá embaixo.


O documentário faz paralelos interessantes, mostrando que há uma epidemia de obesidade nos Estados Unidos com 60% da população tendo problema devido ao ganho de peso. Há entrevistas com pessoas questionando o motivo de não se fazer campanhas como “Pare de comer”, assim como se faz com o cigarro. Também há críticas à influência consumista. As crianças são exploradas com o oferecimento de brinquedos em lanches combinados e os parquinhos são usados como atrativos nas lojas.

Uma das partes mais engraçadas é uma animação que mostra como o McNuggets é feito. O efeito, além de hilário, é nauseante. No final, Spurlock coloca lanches e uma porção de batata fritas dentro de vidros e mostra como os alimentos vão apodrecendo com o passar dos dias. O curioso é que a batata frita passa 10 semanas (!) sem embolorar.

Super Size Me – A Dieta do Palhaço – documentário - 1h40





quarta-feira, março 23, 2005

Isso não é coisa de Deus
















A organização da Paixão de Cristo em Maringá pecou ao colar centenas de cartazes nos postes e pontos de ônibus da região central. Isso é contra o artigo 11 da lei municipal 4780/99 que proíbe "quer pela iniciativa privada quer pelos órgãos públicos, a colocação de anúncios, placas, faixas, cartazes ou similares nos logradouros públicos, sejam quais forem suas finalidades".

Se receberem como penintência um pai-nosso e uma ave-maria para cada poste, vão ter muito o que rezar. Fotos: Fábio Linjardi






Quem é o novo deputado federal?


A mini reforma ministerial do governo Lula trouxe, de certa forma, benefícios inesperados para Foz do Iguaçu.

Com a nomeação de Paulo Bernardo (PT-PR) para o Ministério do Planejamento, quem assume a vaga do novo ministro é o iguaçuense Dilto Vitorassi.

Vitorassi fez 34.535 votos na última eleição e passou a figurar com segundo suplente. Como Jorge Samek teve que renunciar ao mandato de Deputado Federal para poder assumir a Direção Geral da Itaipu Binacional, Vitorassi ficou “por um fio”, ou seja, como primeiro suplente.

Agora, com a assunção de Paulo Bernardo, Foz do Iguaçu, depois de quase 08 anos tem novamente um Deputado Federal.

A partida de Vitorassi (atual vice-prefeito) irá gerar enorme rebuliço nos poderosos bastidores locais.






Caminhões "up"...


A fábrica de caminhões Volvo registrou no ano de 2004 o seu melhor desempenho desde que aportou em solo brasileiro em 1977. Foram comercializados 6.354 caminhões (35% a mais que no ano de 2003). No total a empresa faturou nada mais, nada menos que R$ 2,61 bilhões! As vendas mundiais da Volvo chegaram a 97.300 caminhões! É caminhão que não acaba mais...






Estradas "down"...


Se por um lado as fábricas de caminhões alcançam recordes positivos, por outro lado as estradas brasileiras amargam o oposto. Sem questionar o motivo das hidrovias e ferrovias praticamente inexistirem no nosso pais continental, fica o registro:

Segundo o próprio DNIT - Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes - 40,8% das rodovias nacionais estão em estado precário. São quase 23.500 quilômetros de buracos! As piores estradas encontram-se na região nordeste, com 5.259 quilômetros em péssimo estado. E mais: 65,3% das estradas brasileiras apresentam sinalização em “estado inadequado”.

No Paraná só há um trecho considerado realmente ruim: Na BR 116, entre a represe do Capivari e a Graciosa (onde uma ponte caiu e um motorista morreu).

O governo federal investiu R$ 2,4 bilhões no ano passado e pretende investir R$ 5 bilhões em 2005. Haja dinheiro...






Motocicleta atropela pedestre


acidente moto
Faz poucos minutos um flagrante de acidente de trânsito, na Rua Lauro Werneck próximo da Avenida Colombo. Um senhor maior havia sido atropelado por uma motocicleta. Assim que observei o fato liguei para 193 solicitando comparecimento no local por causa do acidente, depois disso fiz o registro fotográfico. Acidentes de trânsito também são uma questão relacionada com a qualidade de vida e o meio ambiente.
Como vai o trânsito de Maringá?

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá.






Campeão de assistencialismo


Hoje a CBN Maringá levou ao ar uma matéria sobre o assistencialismo na Câmara de Vereadores. Sempre tem gente pedindo algum dinheiro ou favor. Ao final da matéria, até o âncora Marçal Siqueira comentou:

O campeão de assistencialismo é o Bravin

O vereador Belino Bravin Filho (PP) foi o mais votado nas últimas eleições.






Severino, o hipopótamo


Esse Severino, presidente do Congresso Nacional, tem mesmo a discrição e a sutileza de um hipopótamo defecando. Já viram? Enquanto defeca, sacode o diminuto rabo numa velocidade tal que espalha caca por todo lado. É o que se pode chamar de versão animal da expressão “jogar merda no ventilador”. Em Curitiba, onde esteve semana passada para ser reverenciado pelos nobres colegas da Assembléia Legislativa, deixou a imprensa estupefata. Sobre o cabide de emprego, pelo qual já guindou meia dúzia de familiares a cargos na Câmara dos Deputados, desferiu: “Não estou constrangido, nem arrependido. Acho que meus parentes vão prestar um grande serviço à Nação e, além disso, só não emprego mais familiares porque não tenho mais filhos”. Quantos votos esse troglodita representante do “coronelismo” teve, afinal, para dar de dedo, assim, impunemente, na cara de 180 milhões de brasileiros? Como diria um nosso grande escritor (teria sido Machado de Assis?), “aqui, as nulidades prosperam”. Nulidades mesmo somos nós, que não nos cercamos de meios para afugentar esse tipo da cena política brasileira.





terça-feira, março 22, 2005

Um presente federal


O ex-secretário de Fazenda e também de Governo da administração do Partido dos Trabalhadores (2001-2004), em Maringá, Ênio Verri, foi indicado hoje pelo novo ministro Paulo Bernardo (PT) para assumir a chefia do gabinete do Ministério de Planejamento em Brasília.

O novo cargo é um presente de aniversário antecipado, pois Verri completa 44 anos no próximo domingo.

O curioso é que ele disputou a prévia do Partido dos Trabalhadores para as eleições municipais em Maringá no ano passado. Após ser derrotado pelo ex-prefeito João Ivo Caleffi, Verri foi para Brasília trabalhar na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, assessorando o deputado federal Paulo Bernardo. Cargo que não ocuparia se tivesse vencido a prévia petista.






Ainda seremos felizes...


O texto, tenho-o como sendo de autoria desconhecida, mas tem lá sua poesia! Apesar de muito engraçado, acho que exageraram no preconceito em cima do Severino. De qualquer forma, não pude resistir e taí o danado.

Haverá um dia em que todos voltaremos a ser felizes:

Será o dia em que Rosinhas serão apenas flores;

Garotinhos, crianças;

Genuínos, coisas verdadeiras;

Martas voltarão a ser apenas aqueles bichos felpudos;

Genro, o marido da filha, e

Lula, apenas um molusco marinho...

Ah, e Severino apenas o porteiro do prédio.






Fique bunitiu. Fique na módia!!


O maringaense adora estar na “moda”. Se apareceu na novela, ou no Fantástico, logo no dia seguinte as mulheres já estão vestidas como dita a Rede. Mas, até aí tudo bem. Como está na moda ser metrossexual, veremos, em breve, vários “homens” trajados como os personagens globais.
Para dar uma ajudinha a esse público, que também lê o Factorama, vão aqui algumas dicas da moda country, que logo invadirá as ruas...

- Chapéu com estrela na frente: para você parecer o John Wayne.

- Camisa xadrez cheia de patrocínios: quem vê acha que você é peão de verdade.

- Calça jeans apertada: compre uns dois números a menos; o ideal é que você não consiga vesti-la sozinho. Dica: chame dois amigos para segura-la, passe vaselina no corpo, suba em cima do armário e pule dentro da calça sem medo de ser feliz.

- Bota de couro de filhote de jacaré: de preferência com salto para parecer mais alto; o bico deve ser fino para que você consiga matar baratas no canto na parede.

Opa. Já ia me esquecendo do mais importante:

- Meião de futebol: coloque um dentro da cueca para parecer bem dotado!!






Pílulas de Direito


A assessoria de imprensa o Ministério Público do Paraná começou hoje a enviar o mailing "Pílulas de Direito para jornalistas". Será enviada uma pílula a cada terça-feira, com o objetivo de esclarecer dúvidas e evitar equívocos dos jornalistas.

A dica de hoje é que não existe crime de improbidade administrativa. "Uma ação por ato de improbidade administrativa é sempre uma ação na esfera cível. Não é uma ação criminal, pois improbidade administrativa não é crime", explica a assessoria.

Outro detalhe apontado nesta primeira edição é que dizer "erário público" é redundante. "Erário é sempre público, é o tesouro municipal, estadual ou federal".

Para receber as dicas, basta mandar um e-mail de solicitação para mpimpr@pr.gov.br ou ascommp@pr.gov.br.






Rinha no Willie Davids


Maringá vai jogar com dois times na segunda divisão do estadual, o Galo e o Grêmio (que tem um galo com mascote). Será que se juntar os dois dá canja?








Audiência do blog


O Factorama teve ontem seu maior número de acessos de computadores diferentes em um só dia. Foram 337 visitas e 237 acessos repetidos. O recorde até então era do dia 29 de outubro do ano passado, época das eleições.

Na semana passada a média geral foi de 320 acessos diários. Os dados de acesso do blog são públicos. Para consultá-los, basta clicar sobre o quadradinho roxo que fica no rodapé desta página.








A prefeita de Paiçandu


Terezinha Seghezi foi prefeita de Paiçandu (PR) entre 1982 a 1988. Mas, para chegar lá foi muito penoso, uma verdadeira briga contra um adversário terrível: o machismo.

Boa parte dos homens de Paiçandu não aceitava, de jeito nenhum, que uma mulher disputasse a prefeitura.
“São cinco candidatos homens, porque cargas d’água vamos ter que votar numa mulher?” ou “Tem gente que não se enxerga mesmo e não sabe que lugar de mulher é na cozinha, no tanque!”.

Coisas assim Terezinha ouvia a quase toda hora. Mas, não se deixou perturbar e foi em frente com sua campanha. E deu no que deu: venceu as eleições, derrotou o preconceito e a discriminação.

E Paiçandu, pela primeira vez na história, foi governada por uma mulher. Mas, as gozações, embora menos agressivas que nos tempos de campanha, continuavam. Tanto é que os adversários da prefeita Terezinha, durante sua gestão, deram outro nome à cidade: Mãeçandu.

Do livro “Boca Maldita – Poucas e Boas das Velhas Raposas”, de Osvaldo Reis – Editora MRM – Maringá (PR), 1994.






No lombo das bicicletas


Desconheço se há pesquisa que possa fornecer algum referencial de quantas bicicletas circulam, diariamente, pelas ruas de Maringá, contando as que vêm das cidades vizinhas, Sarandi e Paiçandu. Mas, são milhares delas. Isso fica claro a partir de uma sondagem visual, especialmente no período das 6h30 às 7h30 e, depois, a partir das 17h00, quando elas ganham as ruas num verdadeiro formigueiro sobre duas rodas. Constato isso todos os dias e nunca fico conformado com o “pouco caso” reservado a essas pessoas.

As avenidas Colombo, Brasil, Morangueira (a mais perigosa, creio), Mauá e todas as demais artérias mostram que o grande privilegiado é o carro, como sempre. Ciclistas não têm vez, nem voz. Pedalam apressados, fazem manobras arriscadas, tiram “finas” de carretas, às vezes parecem dublês de pilotos da F-1. Freqüentemente, estão estirados no chão, sem vida. Recusam utilizar o ônibus porque o Vale Transporte é fundamental na complementação do orçamento familiar.

Escrotos pressionados contra o selim, marmitas presas no bagageiro, suor, roupas surradas que suportam chuva e calor escaldante. Assim, cruzam a cidade. De casa ao trabalho, do trabalho ao lar, do lar à escola. É com a “magrela” que eles também saem para as baladas em seus bairros, namoram. E os furtos de bicicletas são tantos que nem saem mais nos boletins policiais.

O que é ganha-pão, meio de transporte, de sobrevivência para esses milhares de jovens, pais e mães, idosos, é nada para as “castas” superiores. Enquanto isso, e as ciclovias, como ficam? Promessas de todas as campanhas, ação abrangente de nenhuma. Mas é necessário olhar a questão com seriedade e respeito a essa população de trabalhadores que gira, de fato, as engrenagens da economia local. Excedi-me, de novo, na extensão do texto. Relevem, pois.






Alegria de um lado, protesto de outro


Enquanto o Centro de Especialidade Odontológica (CEO) era inaugurado hoje, na Clínica Ododntológica da UEM, os alunos do curso de Odontologia da universidade protestavam pela suspensão do estágio nas Unidades Básicas de Saúde da cidade.

protesto odontologico

São 38 universitários do quinto ano que pararam de atender a comunidade no início de janeiro. A direção do curso justifica que um decreto municipal cancelou convênio entre UEM e prefeitura em dezembro. O motivo seria que há a necessidade de um coordenador acompanhar cada grupo de estagiários e isto não estaria acontecendo. Os estudantes lamentam que não tem como recuperar a carga horária perdida e colocaram um cartaz escrito “5° ano está 79 dias sem estágio” próxima a placa de inauguração.

A atitude irritou os organizadores do evento que rasgaram o cartaz. A Secretaria de Saúde informou que está avaliando o caso e deve ter uma definição dentro de 30 dias.
Fotos: Andye Iore






As Mães de Iguatemi


Leio nos jornais que mães do Distrito de Iguatemi estão reivindicando do governo municipal locais de diversão para seus filhos jovens. Hoje, eles têm de fazer ponte-rodoviária entre o distrito e a sede para encontrar distração que não se resuma às paqueras na praça (hoje escassas) e peladas de várzea (que abundam, mas não sustentam a sede de folia). Nessas jornadas, normalmente noturnas, arriscam-se nas estradas, “bebericam” em excesso, morrem em acidentes. Elas, as Mães de Iguatemi, estão cobertas de razão. Pão e circo são fundamentais, sim. Entre tantas e tamanhas ausências, que não falte isso, pelo menos. De qualquer forma, acho salutar esse pessoal reclamar por mais diversão. Ótimo!





segunda-feira, março 21, 2005

Cena Bucólica


Foto: João Mário Goes
Foto: João Mário Goes

Segunda-feira, 21 de março de 2005. 15h45. Praça de Patinação. Maringá.
Funcionário público, em serviço, aproveita para tirar um cochilo na sombra das árvores.
Após fazer as fotos, diálogo real:

JM - Boa tarde. (O funcionário leva um susto, e esfrega os olhos com as costas da mão).
JM - O senhor trabalha na prefeitura?
Trabalhador - Sim. No Saop.
JM - Está de folga hoje?
Trabalhador - Não. Estou trabalhando.
JM - Humm...
Trabalhador - É que os meninos estão andando de skate. Não dá para fazer o meu serviço.






Um outro olhar


Como as árvores de Maringá são o assunto do dia, também saí em busca de espécies curiosas. Vejam o que encontrei.














Fumada em tempo real


Acabo de receber uma ligação da vereadora Marly, descontente com os comentários dos leitores deste blog. No campo de comentários, visitantes manifestaram desagrado quanto ao dinheiro gasto em viagens de vereadores. A vereadora esclarece que não tem nada a ver com isso. Ela ainda disse que aceita críticas quanto às idéias, mas não contra sua honestidade. Fica registrada a bronca.






O Homem-Salsicha no Mundo Cão


A tragédia está correndo as agências de notícias internacionais hoje. Um trabalhador de uma fábrica de salsichas de Oslo, na Noruega, morreu hoje ao cair em uma trituradora de carne.

A vítima tinha 40 anos e foi sugada pela máquina quando trabalhava com mais dois funcionários. A polícia local está investigando o caso.






Agora vai


A grande expectativa política da semana é sobre a reforma ministerial promovida pelo presidente Lula e que deve ser anunciada amanhã. Acho que esta ação pode ter outros nomes:

A endireitada do Lula


Venham a mim para 2006


Unidos venceremos


Se você não pode com o inimigo...






O Diário contrata


O jornal O Diário do Norte do Paraná colocou em seus classificados deste domingo anúncio de vagas para editor de área, repórter e infografista. Interessados devem mandar e-mail para nelson@odiariomaringa.com.br.






Novas espécies de árvores são identificadas em Maringá - Parte I


De fato, nesta cidade existem situações extremamente inovadoras quando se trata de árvores e ainda afirmaria que essas inovações permitem identificar novas espécies de árvores. Outro dia, caminhando pela cidade, terminei encontrando e identificando um número importante de espécies e como todo bom cientista, entrego ao conhecimento público estas identificações.
Um detalhe que não é possível esquecer, é que os nomes não estão em latim como é a regra, porém mantenho a identificação do gênero e espécie em itálico. Vamos aos descobrimentos:

árvore out doorÁrvore outdoor. Espécie utilizada preferencialmente para informar atividades econômicas, tais como: aluguel de Kombi, fretes, venda de geladinho e outros. Um exemplar deles pode ser observado na Avenida 19 de dezembro próximo da linha do trem.




arvore dorminhoca




Árvore dorminhoca
.Espécie em extinção uma vez que os colchões estão com os preços nas nuvens. Esta espécie pode ser observada na Avenida Herval, próxima da Rua Santos Dumont.





arvore fujenta


Árvore fujenta
. Espécie condenada a ficar acorrentada na espera da moto-serra. Um exemplar pode ser encontrado na Rua Santos Dumont esquina Avenida Getúlio Vargas;




arvore camarada


Árvore camarada. Espécie preparada fisicamente para suportar o descanso das bicicletas, que ficam prontas para saírem em disparada na entrega de um remédio. Um bom exemplar com duas biclicletas pode ser observado na Avenida Herval esquina Rua Neo Alves Martins;




arvore natalina




Árvore natalina. Espécie visível no mês de dezembro, no entanto, muitas delas insistem em ficar sempre prontas esperando a conexão elétrica para começar o pisca-pisca, são abundantes na Avenida Brasil próxima da Avenida São Paulo;






Na quinta feira estarei entregando a segunda parte Novas espécies de árvores são descobertas em Maringá Parte II

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá






Mutação


A linguagem utilizada nas salas de bate-papo, tem espaço na TV. Toda terça, na faixa das 23 horas, o canal Telecine Premium, da Globosat, exibe filmes com as legendas adaptadas à linguagem da internet. É meio estranho, porque às vezes você perde tempo pensando o que significa aquela palavra adaptada. A sessão é chamada de Cyber Movie.

Confira algumas palavras do dicionário Cyber Movie, disponível no site do Telecine:

bjs - beijos
blz – beleza
c - se
cmg - comigo
fzr - fazer
hr - hora
kra - cara
ksa - casa
9dades - novidades
tc - teclar





domingo, março 20, 2005

No camarote, como observadores


Milhares de pessoas, especialmente nos países europeus, foram às ruas ontem, sábado, para protestar contra os dois anos da guerra no Iraque. Bush acha que aquilo é só um rescaldo, entende que a fatura está liquidada, contrariando o que mostram as agências de notícias, diariamente. Agora, está convocando reforços para suas Forças Armadas, com a mira apontando para jovens brasileiros e latinos. Cadáveres de soldados deles, não. Se morrerem os de outra nacionalidade, a serviço deles, tudo bem, estarão escrevendo história suja, mas com sangue alheio. Essa batalha sempre vai feder a petróleo.

Aqui ao lado, na Argentina, os portenhos - sete em cada 10 - se dizem dispostos a boicotar postos das companhias Shell e Esso, que rejustaram seus preços entre 2,1% e 4,2% nos últimos dias. O boicote foi convocado pelo presidente Kirchner, que parece desconfiado da capacidade de articulação espontânea de seu povo. Enquanto isso, no Brasil, cuidamos de nossos quintais, quando muito...





sábado, março 19, 2005

Além da inteligência, a beleza...


Solange do BBB 4 (a que cantava: ua duordi, uia deu silvioR...) desfilou toda graça e beleza nas páginas de uma das revistas masculinas mais conhecidas do país, a Premium.

Confira as fotos, da edição deste mês. Conteúdo impróprio para menores de 18 anos.





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A execução de casal gay saudita


Dois jovens sauditas foram executados semana passada. Além do "crime" de homossexualismo que pesava sobre ambos, levaram chumbo porque assassinaram um paquistanês, que tinha surpreendido o casal namorando. Mataram, claro, porque seriam denunciados, fatalmente, e estariam, da mesma forma, condenados. No país, a propósito, como em outros do mundo islâmico, basta uma denúncia qualquer para levar gays à cadeia, comparados pelas leis muçulmanas a bandidos, ladrões, homicidas comuns.
A notícia que trazia essa informação, agregava ainda outra, bem mais grave: pessoas suspeitas quanto à preferência sexual, são monitoradas cotidianamente pelas autoridades, vizinhos, "amigos" etc. Quando são flagradas em "delito", pagam com a vida ou cadeia por longos anos. Em Maringá, já perdi a conta de quantos gays foram mortos. E a repercussão dos casos é mínima, nem se compara ao de assassinatos onde a mulher (outra discriminada) é a vítima. Parece que, em termos de justiça, preferimos a marcação individual e não por zona.






Terceira Idade


Como já foi amplamente divulgado pela imprensa,foi inaugurada, em Maringá, a Vara Federal do Idoso.
Agora, existe uma pergunta que não quer calar:
"Será que a vara do idoso vai funcionar?"






O caminho é curto entre prostituição e religião


O polêmico debate sobre a prostituição em Maringá despencou para o campo religioso. Como se não fossem suficientes os absurdos anunciados na polêmica sexual, agora somos bombardeados com picuinhas sobre Bíblia, pecado e Maria Madalena.

A vereadora e advogada Marly Martin (PFL) e o professor e pastor Rubem Mariano (ex-secretário municipal na gestão do PT) estão trocando declarações através da imprensa.






Quem tem o direito de morrer?


Fui ver o vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “Mar Adentro”, de Alejandro Amenabar. Não é tão triste quanto aparenta. O tema polêmico é abordado com muita poesia e, mais uma vez, me encanto com a atuação do espanhol Javier Barden. Quem já assistiu a “Antes do Anoitecer” (2000), sabe o que estou escrevendo.

Mar adentro é um trecho de uma poesia de Ramon Sampedro, homem que viveu 28 anos como paraplégico – só tendo movimentos na cabeça – e tentou ganhar na Justiça o direito de morrer para colocar fim ao sofrimento.

Por falar em polêmica, a Justiça americana manteve a posição de desligar o tubo de alimentação de Terri Schiavo, mulher que vive em estado vegetativo há 15 anos, após sofrer um problema no coração. O tubo foi retirado na última sexta-feira e Schiavo pode morrer em até duas semanas.

No caso do espanhol, acho que ninguém teria o direito de proibir que Sampedro tirasse a própria vida. Ele apresentava consciência e tinha uma ótima formação intelectual.
É como o caso de um seqüestro ou de censura, onde uma pessoa alheia à sua vida muda o curso de sua existência ou de seus atos.
Já no caso da americana, há uma briga entre a família, o marido, a Justiça e o governo dos EUA. Cada um com a sua “verdade”. E a personagem principal não pode ser pronunciar.





sexta-feira, março 18, 2005

Da galinha


Outro dia, fui cobrir a Semana do Consumidor, na praça Farroupilha. Estava lá distribuindo doces para a molecada, o famoso "Zé Galinha", ex-candidato a vereador e personagem folclórico da cidade. Até aí tudo bem. Mas quando olhei em suas costas, vi que ele havia mudado seu codinome para "Zé da Galinha"...
Alguém saberia explicar o porquê da mudança?






Vida de Universitário


O curso de jornalismo é uma rematada perda de tempo.

1- Não se aprende nada de útil
2- Com nobre exceções, a maioria dos professores são formados pro profissionais frustrados no mercado. (Um colega meu, atualmente brilhante repórter, durante uma discussão, disse para a coordenadora do curso de jonalismo da PUC que tinha mais tempo de redação que ela. E tinha mesmo)
3- Custa caro. A pública também, mané, só que aí quem paga é o povo.
4- Seria mais prático cursar qualquer outro curso e depois fazer uma especialização em jornalismo. Uma ano basta.
5- Normalmente a faculdade, em vez de ensinar, molda o texto dos alunos para escreverem igual à Folha de S. Paulo.
6- Professores universitários brasileiros são mesquinhos e costumam ser de esquerda. Ensinam o que há de mais ultrapassado no mundo.

O lado bom
- a mulherada

Tenho acompanhado aqui no blog a discussão universitária contra o camarada Fábio. Se esse pessoal gastasse 10% do tempo perdido em fofoca aprendendo idiomas e lendo bons livros (recomendo Radical Chique e o Novo jornalismo, de Tom Wolfe, Companhia das Letras) provavelmente nosso jornalismo seria melhor. Lembrem-se, já que vocês estão na faculdade, professor não faz diferença nenhuma, quem faz é o aluno. Vão estudar, cambada.






Pedrada na Marly


Em um artigo publicado hoje no site Maringá News, o pastor Luterano Rubem Mariano não poupou críticas à vereadora Marly Martin (PFL). Ela tem recebido destaque nos últimos dias na imprensa, por se posicionar contra a prostituição na região central da cidade. Para o pastor, a vereadora tem uma interpretação diabólica da bíblia.

O que me chamou atenção nesse caso foi a voracidade e a incontinência da vereadora em querer aniquilar, na realidade, a pessoa da prostituta e não a prostituição, usando a força de repressão, de polícia e de perseguição, pois solicitou que fosse retirada a cadeira de representatividade dessas mulheres do Conselho Municipal da Mulher


Ela tem usado a Bíblia Sagrada, numa ótica cristã, do ramo evangélico, de forma aleatória tendo na realidade uma visão preconceituosa e diabólica que fere o novo pacto de Deus


Tenho que dizer que a atitude da vereadora é um atentado a Deus e à Sociedade de Direito


Aconselho a nobre vereadora a descansar sua cabeça e o seu coração de legisladora na boa tradição da Bíblia que trata do amor Deus pelo ser humano


Confira o artigo na íntegra .






Direito de resposta


Estão falando que manipulei as fotos do Novo Centro. Primeiro: As fotos do Factorama são minhas e as do All News são de Rodolfo Fróis, e se tivessem olhado com atenção teriam visto isso. Segundo não tirei tijolo algum, seja lá de onde for. Olhem as fotos e notem a diferença, uma é em um ponto outra em outro. Terceiro sei que muitos não gostam de mim e por isso vem logo me acusando, mas porquê as erradas são as minhas fotos? E mais com as fotos do All News eu não tenho nada a ver. Nem escrevo mais lá. Então prestem atenção antes de falarem um monte. E leiam todo o texto, inclusive os créditos.

Comentem mais também, estou achando interessante tudo isso, alguns leitores são tão "raivosos". Mas só não me ofendam de forma exagerada, pois o Factorama terá de editar os comentários e isso dá um tremendo trabalho. Coloquem umas palavras intelectualizadas para passarem um ar mais "cool", e até pra ficar mais divertido ler. Só mais uma coisa: Se não aceitam críticas como podem ser jornalistas?






Considerações sobre o efeito de "blogar"


Encaminhei essa notícia dos blogs (logo abaixo), para o Andye. Ele respondeu: “Você achou, então você comenta”. E sugeriu que eu contasse alguma coisa dessa minha ainda recente experiência com blogs, com o Factorama, melhor dizendo. Bem, a primeira conclusão a que cheguei é que, aqui, você fica muito entusiasmado com a idéia de que não deve deixar pra depois o que pode berrar agora.

As "regras" também incentivam, mostrando que as coisas se resolvem bem quando prevalece a franqueza, a inteira liberdade de argumentar, sem que isto signifique ferir suscetibilidades. porque ninguém está aqui pra isso. Como nos filmes de ficção, que, por sinal são – geralmente – bem reais, também “nosso” blog funciona assim, convertendo-se num espaço de quem recusa o estabelecido ou, pelo menos, muito do que é estabelecido e imposto de fora pra dentro.

Aqui, vale a obrigação de ser honesto quando se emite uma opinião, mas é dispensável ser preciso, totalmente desaconselhável pressupor-se senhor absoluto da verdade e inaceitável entrar naquela conversa fiada de “ponto final, estamos conversados!” Haverá sempre o contraponto, a réplica, a tréplica. E a coisa, então, vai ficando ou redondinha ou quadrada, não importa, mas ganha uma forma desde que todos se sintam liberados para interagir. Ninguém tem de “comprar feito”.

Ao estrear no Factorama, me sentia assim: certinho demais para quem é doido, e muito doido pra quem é careta, embora tudo isso dependa da “luneta do observador”.

Mas precisava conversar, comunicar-me e o único meio possível, aqui, é a escrita. Em pouco tempo, percebi que essas definições e rótulos devem ser, obrigatoriamente, atirados no lixo. O prazer de se expor, de trocar, de intercambiar é que fala mais alto.






Juventude perdida


juventude perdida Como sempre, Maringá atrasada culturalmente. Estreou hoje no Projeto Um Outro Olhar, do Cinesystem, o filme “Para Sempre Lylia”, do sueco Lukas Moodysson. Este filme foi feito em 2002 e o cineasta já fez outros dois depois: “Terrorists: The Kids They Sentenced” (2003) e “A Hole in My Heart” (2004).

Moodysson teve destaque no cenário alternativo em 1998, com o filme “Amigas de Colégio” e depois em 2000 com “Bem-vindos”, onde narra com maestria os conflitos de relacionamentos humanos durante mudanças sociais na Suécia na década de 70. Fiquei fã de Moodysson após ver “Amigas de Colégio” e “Para Sempre Lylia” na Mostra Internacional de Cinema de SP.

O diretor trabalha com o rito de passagem carregando na imagem de “juventude perdida”.
Lylia é uma adolescente na Rússia que é deixada para trás pela mãe que fugiu com o namorado para os EUA. Sozinha, sem dinheiro e vivendo num quarto decadente, ela busca uma solução para sua vida paralelamente a amizades, descoberta sexual e muitas decepções. O drama da menina é tamanho, que o público se sensibiliza achando que vai encontrar uma Lylia ao sair do cinema.

Em “Amigas de Colégio” também há os paralelos entre inocência e decepção. Um grupo de adolescentes no interior da Suécia passa os dias falando futilidades e encontra dificuldades quando tenta fazer algo sério. A história também é focada em uma menina que vive entre problemas em casa e busca na amiga que se destaca na escola o carinho que não tem na família.

O novo cinema sueco também conta com os filmes de Daniel Fridell, do singelo "Beleza Sueca" (2000). Moodysson e Fridell mantém a tradição sueca de filmes humanísticos de Ingmar Bergman.

“Para Sempre Lylia”, Drama, 1h49






Blogs devoram jornalismo tradicional


Estudo elaborado pelo Projeto de Excelência em Jornalismo, um instituto ligado à Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, mostra que os blogs estão ganhando espaço na preferência da população como ferramenta informativa. Com isso, estão tomando terreno do jornalismo tradicional. Comparados ao jornalismo convencional, os blogs, diz o estudo, mostram-se mais rápidos e baratos. Além disso, estão calçados na filosofia blogger que consiste em “publicar primeiro e assumir que o processo de verificação ocorrerá em resposta ao argumento que vier a seguir”. Ou seja, tal qual acontece aqui no Factorama.

Bem, de qualquer forma este fenômeno não escapa ao desconfiômetro dos proprietários de jornais, que já se dispõem a mudar seus padrões de organização de notícias para não serem engolidos pelos blogs mais adiante. O especialista Tom Rosenstiel, que comentou a pesquisa, acredita que “os americanos estão deixando de ser consumidores de notícias para atuar como parceiros pró-ativos na criação de suas notícias próprias e personalizadas”.






Os Picadilhos das árvores e seus custos


Será que alguém está calculando o valor ambiental da derrubada de uma árvore da calçada? Vendo como estão as coisas eu fiz um exercício: cada derrubada teria no mínimo um custo monetário resultado das horas de serviço e depreciação da moto-serra, para alguns esse é o único custo a ser considerado.
mais derrubadas

No entanto, para nós que gostamos de viver nesta cidade, entre outras razões por ela ser arborizada, diremos que é necessário incluir, caso a derrubada esteja sendo realizada sem autorização municipal, o valor da multa por destruição de um bem público. Um segundo valor está relacionado com a perda do conforto ambiental, ou seja, o impacto ambiental direto pela perda da árvore. Isto pode ser calculado através das dimensões da espécie e da idade desta.

Um elemento que também deve ser considerado é o valor sociológico do bem, ou seja, aquilo que a arborização de uma cidade agrega à vida do povo, devendo isso ser quantificado, estimando-se um valor para cada árvore.
Isso significa que a cada árvore derrubada, deveria haver uma compensação, que no mínimo é o plantio de uma nova árvore no mesmo lugar, acrescido de um valor em dinheiro a ser pago pelo impacto da perda do conforto ambiental, mais o valor econômico indicado pela população para cada árvore.
Com esse dinheiro poderia ser mantido o viveiro municipal, um sistema eficiente de conservação das árvores, bem como a sua reposição e ainda um programa de paisagismo urbano.
Imagina a qualidade da cidade. Porém enquanto a derrubada for a prática dominante o deserto é nosso futuro.

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá






Os bastidores da imprensa


coletiva Eu odeio entrevista coletiva!
A maioria é desorganizada. E, para piorar, o hábito de alguns repórteres e jornalistas é não se informar sobre o entrevistado e aí ficam só pegando carona nas perguntas que outros fazem.

Mas, hoje, aconteceu uma coisa engraçada (para mim que fiquei observando) e chata para o João Mário (que estava fotografando). Estávamos cobrindo a inauguração da Vara Federal do Idoso, na avenida Cerro Azul, no final da tarde.

A sala lotada, o desembargador federal falando e de repente entra o nosso camarada e boa praça Salsicha. Ao vivo na rádio, ele coloca o celular próximo a boca do desembargador. O que o Salsicha não percebeu é que o João Mário estava se preparando para tirar um foto e entrou na frente da câmara. O João fechou a cara, desistiu da foto e foi buscar outro ângulo. Eu fiquei dando risada do outro lado da sala e captei o aborrecimento do nosso companheiro fotógrafo.

E por falar em entrevista coletiva, está se aproximando mais uma Expoingá, palco das entrevistas mais banais que já presenciei. O ridículo é tamanho que repórter leva familia junto para tirar foto com artista e é um tal de um pedir uma “palinha” pra cá, outro pede pra cantar uma música pra rádio pra lá. E entrevista que é bom, nada! Isso quando não tem aqueles perdidos que chegam na sala de entrevista e perguntam quem é quem, que tipo de música que o artista canta.






Tudo parado


As obras no Novo Centro, mais precisamente na avenida Horácio Raccanelo, estão paradas há algum tempo. O calçamento que foi concluído em cerca de 98%, apenas em um sentido, está apresentando os famosos buracos.

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Fotos: Fábio Antunes






Opinião


O blog All News editado por estudantes de jornalismo voltou ao ar há duas semanas.






quinta-feira, março 17, 2005

Matando o tempo


Um joguinho em flash legal para matar o tempo é o 'Blood day', onde você manda bala nos bonequinhos que atravessam a tela. Há três opções de armas: pistola, submetralhadora e fuzil. Não requer habilidade e espirra bastante sangue quando acerta.

Confira o jogo.






Pregação na praça


Na tarde de hoje um pastor evangélico pregava na praça Raposo Tavares, amparado por duas caixas de som e um microfone do tipo que se encaixa atrás da orelha.

"Vocês lembram que antes o dinheiro dava para comprar um monte de coisa e agora não dá pra nada? Eu me lembro", disse o pastor. Provavelmente estava se referindo ao tempo em que não precisava apelar para a praça.
Cerca de dez pessoas estavam assistindo ao culto.






Agora é só corrigir o cérebro


A ex-BBB5, Natália, já está voando mais rente ao chão. Fez cirurgia para livrar-se daquelas infames orelhas de abano. Agora, antes de posar nua - como já fez Tati Rio - vai ter de fazer outra cirurgia, mas de enxerto no cérebro. Só assim terá mínimas condições de assinar o contrato...






Fica o dito pelo não dito


Há duas semanas, mais ou menos, os congressistas engavetaram, muito a contragosto, a proposta que elevaria seus salários de R$ 12 mil e alguns "tostões" para mais de de R$ 21 mil. Falou-se em pressão da sociedade, coisa e tal, mas a grita - se houve - nem foi tanta. Já se instalou no Brasil a resignação. Só alguns poucos relacionam aumento de salários dos deputados e senadores, e, mesmo o efeito cascata que sobrevirá nas Assembléias estaduais e nas Câmaras Municipais, com dinheiro público indo, literalmente para o lixo. E nossos parlamentares sabem disso. Ontem, sem precisar do aval do plenário, a Câmara Federal aprovou o aumento da verba de gabinte. Com o reajuste, cada um vai ter direito a cerca de R$ 10 mil a mais. Curiosamente,o mesmo valor que, há duas semanas, eles reivindicaram - e "abriram mão" - a título de aumento dos salários. A política não é, de fato, maldita, coisa do inferno?






Juros: A escalada sem limites


O Copom elevou em 0,50 ponto percentual a Selic (taxa básica de juros), que passou para 19,25% ao ano. É a 7ª elevação consecutiva e a maior seqüência de altas na história . Essa é também a taxa mais alta desde 2003, quando os juros foram fixados em 20%. A unica explicação para tantos juros é que não há explicação.






Ninho de cobras


O “journalist star” anda em alta em Maringá. Alguns acadêmicos de uma determinada instituição, aquela que é um grande shopping onde poucas pessoas estudam, acreditam que jornalismo é o caminho mais curto para a fama, e que apresentar o Jornal Nacional é como estar na novela das oito. É tudo questão de status, se você aparece no vídeo é jornalista, se não, não é.

Mas essa coisa de fama é papo para outro post. Vamos falar sobre os outros que são chatos, ignorantes e metidos a besta. Esses falam o que bem entendem (na verdade não entendem nada), sem argumento algum e ainda se acham no direito estarem certos. Na sala do 3º jornalismo dessa mesma instituição, por exemplo, alguns indivíduos pseudo-intelectuais e que provavelmente sonham trabalhar em uma dessas revistas bobas de fofocas, beiram o ridículo. É uma verdadeira guerra de egos onde a fofoca é consumida livremente. Esse grupo atualmente esta pautando a retirada de professores. E nesse embalo uns mais exaltados logo levantam o dedo e determinam: “Temos que tirar o fulano e a fulana”, culpando-os por não ter tido um bom aproveitamento. Ora, vá plantar batatas, se não conseguem atingir determinada nota para ganhar a camiseta com código de barras (doada aos alunos que geralmente decoram a matéria e ficam com notas superiores a 8,0) não é culpa do professor.

Agora o mais engraçado é o velho jogo da fofoca. Basta sair um professor e chegar outro para começar o tiroteio: Se a Maria está na sala, falam mal do João, se o João está na sala soltam os burros em cima do José, mas quando o José aparece começa a pouca vergonha, só faltam beijar o cara. Agora imaginem quem irá conviver em uma redação com pessoas desse tipo.






E tem mais...


Outro tipo oriundo da mesma região universitária são os chatos-monitores-comentaristas de blogs. Esses vem da família dos “burrinhos-sem-argumentos” e só sabem cobrar, claro, sem argumento algum. Os coitados se acham seres de raça superior (a dos journalist star), mas na verdade são da família pseudopensadores. Seres dessa espécie geralmente tem um atrito com blogueiros, até agora por razões desconhecidas da ciência (inveja ainda não foi pesquisada). Mas já foi diagnosticado que a cada dez coisas ditas por estes seres, onze é lixo.





quarta-feira, março 16, 2005

Que bonito éééé...


Passei a maior parte do dia em Cianorte cobrindo a Expovest. Fui ver de perto a circulação dos milhões que citei aqui em post anterior. Rendeu matéria pra semana inteira e ainda peguei um acidente com morte na abandonada PR-323.

Mas, que felicidade que deu ao abrir o Factorama agora e ver sete novos posts... a "turminha" está empolgada e isso é muito legal porque o blog está com ótima repercussão entre as autoridades, imprensa e universitários.

No final da noite tem mais posts por aqui. Por falar em Cianorte, basta mencionar o jogo contra o Corinthians que as pessoas abrem um sorrisão lá na Capital da Moda.






Imprensa em Sarandi


A prefeitura de Sarandi conta hoje com seis funcionários na assessoria de imprensa. A equipe é pioneira no envio de releases daquela prefeitura. Os textos são enviados através de uma conta de e-mail no Yahoo, uma vez que a prefeitura não dispõe de webmail. O governo municipal ainda não conta sequer com página na internet. Quem acessar o endereço http://www.sarandi.pr.gov.br vai encontrar a mensagem 'estamos em construção'.

O e-mail da assessoria de imprensa da prefeitura de Sarandi é pmsimprensa@yahoo.com.br






Pô, Mengão, que mancada


Eu fui ao Maracanã assim que eu me mudei pro Rio com 19 anos. Meus amigos, todos
flamenguistas, ficaram falando: “você tem a maior cara de flamenguista”. Me
levaram no Fla-Flu, na arquibancada, no meio da torcida do Flamengo,
absolutamente emocionante. Aquela ola de 40 mil pessoas, aquele coro... Só que o
Flamengo tomou de 4 a 0 do Fluminense. Eu saí de lá e falei: “vocês me
desculpem, mas NÃO VAI DAR MESMO para torcer para esse time”.

Luana Piovani, em entrevista dada a este que vos fala. A matéria completa sai amanhã no Jornal da Tarde.






Fim do Blogger


Desculpem o momento merchandising, mas a partir de hoje só é possível acessar o De Primeira pelo endereço www.tudoparana.com/deprimeira.

Por causa da política ridícula que a Globo.com tem em relação aos blogs (quem não é assinante só se ferra) o endereço www.deprimeira.blogger.com.br está fora do ar permanentemente.

Para quem não conhece, o De Primeira é um blog coletivo, assim como o Factorama, mas que só trata de futebol.

Além de mim e do camarada Andye Iore há muita gente boa que escreve lá, além de um time incrível de colaboradores.

Entre o time fixo está gente como Luís Augusto Símon, do Jornal da Tarde, um dos mais experientes jornalistas esportivos do país; Leonardo Aquino, repórter da rede Globo no Pará e frila da Placar; Carlos Alberto Pessoa, ex-colunista da Gazeta do Povo e da Tribuna do Paraná; Guilherme Voitch e Leonardo Mendes Jr, dois grandes repórteres da Gazeta do Povo; Juan Saavedra, um dos criadores do maior site não-oficial do Flamengo; Ubiratan Leal; criador do Balípodo; e Alex Inagaki, um dos blogueiros mais conhecidos do País. E já colaboraram gente como Cardoso (do extinto Cardoso On Line) e Milly Lacombe, editora da revista Trip e TPM.






Pela moral e bons costumes


A secretária da Secretaria da Mulher, Terezinha Pereira, disse hoje à rádio CBN Maringá que as prostitutas "violam sua condição de mulher" ao optarem por esse trabalho.

Pelo raciocínio, supõe-se que a prostituição seja uma anormalidade. Ela deve ter trocado uma idéia com a vereadora Marly, que recrimina a atividade.











Vai lá, amor


Olha que exemplo: uma mulher escutou barulhos no quintal nesta madrugada, no Jardim Ipanema, e viu que eram assaltantes. Ao invés de ligar para a polícia, ela acordou o marido. "Vai lá, amor". O maridão abriu a porta e foi encarar os marginais, para cumprir seu papel de macho. Apanhou dos bandidos. Os criminosos fugiram levando só um aparelho de DVD.

Esta é uma das razões, entre tantas, para que elas vivam mais. Se algum dia sua patroa te acordar para dizer que ouviu um barulho estranho, entregue uma lanterna pra ela.






Rato por esquilo


No tempo em que meus avós jogavam “burquinha” e elas, as nonas, batiam demoradamente as broas de fubá, enxertadas com sementes de erva-doce, levando-as então para assar no forno de barro, nas cidades interioranas, mesmo as mais crescidinhas, não se encontrava café com leite em padarias e barzinhos. Isso era coisa de cidade grande, capital. Mas, quando se topava com isso pela frente, a manteiga era manteiga, muito saborosa; o leite vinha fumegando, grosso de gordura, a nata farta quase que entupindo o bico do bule de porcelana. Bem, enfim, tempo em que bacalhau era bacalhau e não atendia pela alcunha de “sait”.

Hoje, e não é de hoje, sinto-me traído quando paro numa “padosa” e peço um Toddy ou Nescau batido, servido com pão e manteiga. Contrariando o cardápio afixado na parede, a gente tem de engolir margarina e achocolatado vagabundo, que é só açúcar. E paga pelo produto legítimo. O leite dá a impressão de pura água. O café, então, desperta a sensação de que se está ingerindo uma mistura de muitos pós, de todas as safras, descartados os melhores grãos. Ta tudo assim: rato por esquilo. Seriam, ambos, parentes próximos???






A melhor motivação


Torço o nariz (aliás, crescidinho) sempre que recebo convites ou ouço falar dessas palestras “motivacionais”, de “auto-ajuda” como são definidas. Nada contra os que as ministram. É uma forma lícita de ganhar dinheiro, uma atividade qualquer, penso. Na última década, esse mercado floresceu. Navegantes solitários e atrevidos como Amir Klink acabaram entrando nessa. Ao lado de já famosos, nomes que surgiram do nada também ganharam projeção nacional, cobrando alto para repassar às grandes platéias suas experiências pessoais.

O negócio virou febre. Não é muito diferente (blasfêmia!) de um padre ou pastor inflamado incitando os fiéis. Há choro, emoção, show até. Só que, também em comum com algumas práticas religiosas atuais, atrás disso tudo, mesmo que de forma mascarada, Deus é dinheiro, é riqueza, é acumular, é se dar bem.

Muitos empresários investem na contratação dessas palestras e tendo a avaliar que não estão mal-intencionados. Querem funcionários “felizes”, autoconfiantes, mais interativos e, portanto, mais produção e qualidade. Os meios de se obter isso é que são questionáveis. A necessidade de capacitação é imperiosa, não duvido. Mas, antes disso, acho muito mais eficiente remunerar bem o funcionário, oferecer ao trabalhador um bom ambiente de trabalho, manter os canais de diálogo abertos, cobrar e dar-se o respeito.

Enquanto o trabalhador notar que sua empresa está faturando alto, que é muito lucrativa, que a vida do patrão está só que cresce de padrão e que isso não está se refletindo em seu contracheque, não haverá palestrante que o faça “feliz”. Tanto quanto deve ser gratificante, o trabalho também é uma relação comercial, de compra e venda.





terça-feira, março 15, 2005

Complica que eu gosto


alexei-ribeiro Fazer matéria com o Judiciário faz a gente dedicar mais tempo ao texto. Ler e reler releases, anotar depoimentos com mais cuidado e levar o dobro do tempo para editar o texto que em outros temas.

Li uma vez na Carta Capital uma entrevista com um juiz falando que os jornais deveriam ter jornalistas especializados para abordar o Judiciário. Do outro lado, o repórter disse que os juízes não deveriam usar termos tão técnicos para que o leitor pudesse se aproximar mais.


Hoje fiz matéria sobre a inauguração da Vara Federal do Idoso, projeto pioneiro no país a ser lançado em Maringá na quinta-feira. Conversei com o juiz federal - e leitor do Factorama - Alexei Ribeiro (foto) e ele demonstrou preocupação com tal questão. Procurou explicar detalhadamente o funcionamento do sistema, evitou termos técnicos e até fez questão de repetir algumas coisas.

Essa é a diferença pra quem tem visão de como a mídia pode ser explorada para quem é mais conservador, acha que está acima do bem e do mal e quer que o sistema se adapte a ele. No final, é a população que sai ganhando. É como chamar vereador de edil. Pô, eu escrevo pro cara que acorda, vai na panificadora tomar um café e ver o jornal em cima do balcão, pro pequeno empresário que recebe o jornal na empresa, pro cidadão comum. Querer mostrar vocabulário com palavras incomuns não é uma das melhores características de um jornalista. Foto: Andye Iore






Mais companheiros na mamata!


A diferença entre o discurso e a realidade continua acentuada no governo petista. Agora foi a vez do jornal Folha de São Paulo (13 de março de 2005) publicar os seguintes números: 45.580 novos funcionários públicos. Os dados são do Ministério do Planejamento. Total da folha de pagamento: R$ 28,6 bilhões de Reais ao ano. Durante os dois mandatos de FHC reduziu-se a quantidade de funcionários em 180 mil. José Dirceu reconheceu que o há realmente um “incremento”, o qual está relacionado com a “modernização do país”! Que modernização!






Cenas da redação


Essa é a cara que o João Mário fez hoje ao saber que está para levar as contas do blog, por mais de uma semana de ausência de textos. "Pô véio, a foto que o Andye usou (sete posts abaixo) fui eu que fiz", foi a resposta.







Odeio andar de ônibus


Este texto originalmente foi em forma de comentário em um post abaixo. Como minha produtividade está baixa no blog, segue como post.

Só ando de buzão por necessidade. Sempre demora para aparecer um no ponto e sempre tem alguém com o desodorante vencido. Para andar de ônibus, você também não pode passar muito desodorante que tenha cheiro, ou usar perfume. Isso por que os passageiros ficam te olhando de cara feia.

Outra coisa que detesto no buzão são as pessoas que param no meio do caminho, nas imediações da porta do meio. Você passa pela roleta, dá de cara com aquele baita aperto, a galera se espremendo. Daí você levanta a cabeça e vê o fundão do ônibus quase vazio. Mas, para chegar lá o caminho vira um inferno, porque tá cheio de gente em volta daquela porta do meio, por alguma razão ligada ao inconsciente coletivo.

Mais uma prova aos nervos é quando está chuviscando. O ônibus está cheio e algumas pessoas com medo de pegar uma pneumonia fecham a janela, tornando o ambiente irrespirável. Não podem ver uma gotinha no vidro e fecham a janela.

Ir sentado no ônibus então, só se estiver absolutamente vazio. É você colocar a bunda no banco que embarcam já no ponto seguinte uns 30 aposentados com sacolinha de supermercado. É você sentar que aparece mulher grávida ou um aposentado. Eu nem sento mais. Você fica olhando e pensa: putz, será que ninguém vai dar lugar pro véio? Vão nada. Eles estão esperando que você faça isso.






Quero ser obeso...de raiva!


Quando deram nome ao Ginásio da semi-vila Olímpica, fui "comemorar" num restaurante. Agora, para "festejar" as placas luminosas que dão nome ao Aeroporto de Maringá, vou ao mesmo local. E aceito dividir mesa. Que outro endereço mais apropriado se não o do "Fim da Picada"????????????






Luxemburgo, a mais segura


A cidade mais segura do mundo é capital de um grão-ducado (parece comida mineira...hehehe) que tem o mesmo nome. O país, feito sanduíche, se espreme entre Bélgica, Alemanha e França. É um território minúsculo. Ocupa superfície de 2.586 km quadrados. Tinha 389.800 habitantes em 1992, dos quais 75,8 mil residiam na capital. A população (95% de católicos) fala o luxemburguês, que é um dialeto alemão. Mas todos tagarelam também em alemão e francês, que são os outros dois idiomas oficiais. Apesar do tamanho, é um dos países mais industrializados do mundo.
O condado surgiu no ano de 963, de uma das partes – a Lotaríngia – que resultou da divisão do chamado Império Carolíngio, após a morte de Carlos Magno.Depois disso, uma longa história de domínios se impôs sobre o país até que, em 1867, após uma tentativa francesa de adquirir o ducado, Luxemburgo ganhou o status de território neutro, garantido pelas grandes potências. É uma monarquia constitucional hereditária, com governo democrático e unicameral (tem uma só câmara legislativa). Brasileiros de mochila que já visitaram o país confirmam que saíram encantados com tudo. E juram que é possível revirar a capital num só dia, conhecendo locais fantásticos. Além de bonita, muito segura. A propósito, há muitos brasileiros morando e trabalhando lá.






As cidades menos e mais violentas


Luxemburgo (não se trata daquele empolado lord inglês do Corinthians) é a cidade mais segura do mundo. Bagdá, atual área de recreio de Mr.Bush filho e lady Condolências Rice, é a porção urbana mais perigosa do planeta. Nova Iorque, cidade-base da pesquisa realizada pela Mercer Human Resource Consulting, recebeu 100 pontos a partir de critérios que verificaram a criminalidade e a estabilidade interna em 215 localidades em todo o mundo. São Paulo é a 148ª da lista, só um tanto menos perigosa que o Rio de Janeiro, que ficou na 167ª posição.
Na América do Sul, Santiago do Chile teve a melhor classificação, garantindo o 94º lugar. Em compensação, duas cidades colombianas – Bogotá e Medelín – além da capital venezuelana, Caracas, figuraram como as mais perigosas da parte sul do nosso continente. Atrás de Luxemburgo, vieram Helsinque (Finlândia) e três cidades suíças: Berna, Genebra e Zurique. A pesquisa não disse, mas mostrou o óbvio: quanto mais ricas as cidades pesquisadas, mais qualidade de vida, populações satisfeitas, e, em decorrência, menos violência apresentam. Ainda bem que os pesquisadores não percorreram todo o Brasil.






Guga & Larri: o divórcio


Foi amigável, garantiram os dois. Partiram pra porrada, dirá parte da imprensa. Fato é que Guga vai tentar dar um olé na sua carreira já em abril, em Valência. Mas, desta vez, sem Larri Passos na fila do gargarejo. Muitos especularam sobre a interferência do treinador nestes 15 anos de carreira do tenista. Diziam que Larri era um caipira, caboclo do mato diante dos técnicos europeus e estadunidenses. Bem intencionado, sim, bom para o uso doméstico, mas contra-indicado para acompanhar o pupilo nas quadras internacionais. Caipira ou não, e isso é irrelevante, o agora ex-técnico não só revelou Guga para o tênis como deu ao país o mais notável atleta da modalidade (Maria Esther Bueno que me perdoe). Foram 20 títulos internacionais, entre eles o tricampeonato em Roland Garros e uma Copa do Mundo, em Portugal.

Guga crê que já está maduro para decidir o que deve fazer dentro de quadra. Larri faz coro e ratifica que o meninão de Floripa pode mesmo caminhar com as próprias pernas. O maior adversário de Guga, aliás, é ele mesmo. São suas dores, as cirurgias que fez. Contra isso, Larri nada pode fazer, nem nós, que nos limitamos a torcer pela sua recuperação. Muito mais do que um tenista esplêndido, Guga é macho pra cacete. Boicotou a Davis para denunciar o ex-presidente da CBT que, além de corrupto, não aproveitou o exemplo e os admiráveis resultados do tenista para fazer este esporte explodir no Brasil, como acontece aqui ao lado, na Argentina, ou além-mar, na Espanha.






De Pinduricalhos a Picadilhos


Eta! Essas árvores sem fala, sem voz para reclamarem dos pregos e das chaves de fendas nelas cravadas para instalar os pinduricalhos de lixo; árvores sem pernas para saírem correndo dos ácidos de lavar calçadas que corroem suas raízes e das moto-serras que as fazem lenha.
picadilhoSerá que alguém está se beneficiando com o picadilho e lenha delas? Não creio nisso.

Não é possível que uma parte essencial do patrimônio paisagístico desta cidade esteja sendo derrubado. Esses seres vivos, as árvores, são portadoras de dons maravilhosos que permitem que nossa vida tenha conforto ambiental e que a própria vida exista.

Como é bom a sombra fresca das árvores num dia de sol! Podemos sentir isso se estivermos parados na esquina da Avenida São Paulo com a Avenida Brasil e caminharmos em direção ao Parque do Ingá. A sensação térmica é de que temperatura vai ficando mais amena e se entrarmos no Parque sentimos o conforto de caminhar no meio da floresta.


Poderia ainda comentar a questão da "purificação do ar" e do efeito estufa, mas isso todo mundo sabe, então por que essa extinção realizada tão a vontade?
Certamente, as folhas que caem nas calçadas e que às vezes são queimadas por alguns munícipes sem informação ou empurradas até os bueiros da galeria pluvial, contribuindo ativamente no entupimento da rede, são um "grande problema" e confusão causado por esses seres vivos.

Porém, sempre é bom lembrar que o comportamento delas é meio selvagem, insistem em crescer tortas quando não dispõem de tutor e ainda na frente das garagens. E como não foram à escola, ninguém lhes ensinou que suas folhas e sementes não necessitam mais caírem na calçada ou no asfalto, uma vez que não tornam mais ao ciclo da vida.
Que futuro resta as árvores e a todos nós nesta cidade que fala para o mundo da "sua arborização"...

Texto do Programa Observatório Ambiental de Maringá






Um milhão pra lá, outro milhão pra cá


Mais uma da série "Como ganhar milhões em tempo de crise".
Começou hoje em Cianorte (a 60 km de Maringá) mais uma edição da Feira de Exposição do Vestuário (Expovest). São 400 empresários, 550 grifes e a expectativa dos organizadores em superar em 15% os R$ 12 milhões negociados e os 27 mil visitantes da edição anterior. Na penúltima edição, foram negociados R$ 9 milhões.

Cianorte - além de humilhar time grande - tem 500 indústrias e 400 lojas de confecções, gerando 20 mil empregos. A população da cidade é de aproximadamente 65 mil habitantes.

Em matéria feita hoje para a Gazeta do Povo, falei com alguns empresários que comentam com naturalidade faturamento de alguns milhões e que podem negociar em quatro dias de feira, toda a produção de um mês.





segunda-feira, março 14, 2005

Em busca do ângulo perdido


im the king of the world
Acompanhei hoje a operação da Polícia Civil, Militar, Receita Federal, Nurce e Detran em oficinas e barracões de desmanches de veículos em Maringá. O fotógrafo João Mário fez esta imagem quando eu subi numa das carcaças que estavam no pátio de uma oficina para fotografar.

É impressionante a quantidade de peças, motores e carcaças encontradas nos barracões. Foram vistoriadas 20 oficinas e estourados três barracões. A polícia está investigando um empresário da cidade que está circulando com uma BMW clonada. A carcaça do veículo foi encontrada em um dos barracões e, após consulta no banco de dados, foi constatado que há outro carro com o mesmo chassi em Maringá.






Em 1952, previsões para a moda do ano 2000


Quem acompanha a moda (enquanto história) deve, pelo menos, espiar a matéria "A moda do ano 2000", redigida de maneira muito agradável e bem informativa pela editora de conteúdo do site Moda Almanaque, Claudia Garcia. Ela conta como os estilistas que faziam sucesso em 1952 imaginaram a moda para o ano 2000. Posso antecipar que eles acertaram em cheio nas previsões. Mas, como não estou indo deitar hoje com mania de raposa chupa-ovos, digo, chupa-textos, remeto os interessados ao site ou à home do UOL. Vão curtir, mesmo os não iniciados em seda pura e alfinetadas...






Luz (cheia de impostos) no fim do túnel...


Supondo que você pague R$ 100,00 de conta de luz, R$ 51,00 referem-se a impostos! Esses dados foram levantados pela Câmara Americana de Comércio. O restante fica assim distribuído R$ 24,00 para a geração de energia e R$ 25,00 para a transmissão.

Dá para ser feliz? Boa segunda!






Sem aulas


Um mês, praticamente, desde o início das aulas na rede pública municipal e muitos alunos ainda nem viram a cara de alguns professores. Consta que a burocracia na contratação é o principal obstáculo. Por outro lado, os alunos que ainda estão sem aula em algumas disciplinas não podem ser liberados pela escola.






Cio das feras


Não sei se o desabafo deve ser creditado a um chefe comanche ou apache; se era Nuvem Vermelha, Nuvem Cinzenta ou “Nuvem Passageira”. O certo é que este índio sábio escreveu sobre a relação dos seus com a terra, com a natureza, deixando um legado magnífico para os descendentes. Um dos momentos mais inspirados e realistas desse depoimento sofrido falava da terra, que não pertence a ninguém e, ao mesmo tempo, é de todos.

Nunca deixei de me indignar com isso, mesmo numa segunda-feira “braba” como essa. É difícil aceitar que milhões de pessoas, aqui e no mundo inteiro, trabalhem a vida inteira sem ter acesso a um terreno, um teto. Como entender – e aceitar – que um pedaço de chão custe tanto? Olho para os loteamentos em Maringá e observo os preços, os valores das prestações. Então, só resta crer que vivemos num mundo absolutamente torto. As religiões, enquanto isso, prosperam. Garagens, salões, catedrais lotadas de fiéis. Fiéis a quem? Quantos são, afinal, os nossos senhores?






Silvio II


Um assessor de imprensa do prefeito me abordou na prefeitura semana passada, pedindo para que parássemos de utilizar o sobrenome "II", do prefeito Silvio II. "Na política, quem é o segundo nunca vai ser o primeiro", argumentou o assessor.





domingo, março 13, 2005

Saudades do chinezinho


Há um produto que está fazendo falta hoje nas lojas: o tênis chinezinho - aquele de lona branca e solado verde. O tênis vivia encardido, durava pouco e estourava o bico se fosse usado para jogar bola. Mas era barato e tinha um design simpático – diferente dos tênis genéricos nacionais, que tentam imitar o All Star.

Quem souber onde tem chinezinho à venda, favor avisar.






Sin City no cinema


sincityA onda de adaptações de quadrinhos continua, agora é a vez de Sin City, clássico HQ de Frank Miller chegar aos cinemas. O filme que estréia no Brasil em maio (27) é baseado em três volumes da série: The Hard Goodbye, The Big Fat Kill e That Yellow Bastard.

Para quem não conhece, Sin City retrata histórias do submundo de uma grande cidade infestada pela criminalidade. Assassinos, políticos corruptos, strippers e outros rejeitados pelo sistema são narrados em tramas violentas e surpreendentes.

Co-realizado por Frank Miller e Robert Rodriguez, Sin City conta no elenco com nomes como: Bruce Willis, Benicio Del Toro, Michael Douglas, Elijah Wood e Christopher Walken.






O certo sobre quem deve pagar o IPTU


Quanto ao comentário sob o título "IPTU por conta do dono? Até parece...”, que publiquei no sábado, 12, contrariando o que eu disse ainda está ativo o direito de os proprietários de imóveis colocarem no contrato cláusula pela qual o pagamento do IPTU do imóvel cabe ao inquilino. Foi isso o que explicou o leitor que se identifica como “Bacharel” ao comentar a notícia aqui.

E ele tem razão, referindo-se à causa em que a prefeitura do Rio de Janeiro perdeu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), quando pretendia cobrar o imposto de uma empresa instalada em terreno da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero). O Município do Rio de Janeiro perdeu porque o STJ, confirmando parecer do Tribunal de Justiça do Rio, entendeu que caberia ao proprietário do imóvel – portanto, a Infraero - o pagamento do imposto e não a empresa que está instalada no terreno.O relator do processo, ministro Castro Meira considerou irrelevante até o pacto firmado entre a Infraero e a prefeitura, pelo qual a primeira assumia o repasse dos ônus relativos a tributos municipais à concessionária, que é a prefeitura do Rio de Janeiro.

No final das contas, para nós, as coisas permanecem no mesmo pé. Se o proprietário do imóvel desejar, tem o direito de incluir no contrato cláusula repassando a responsabilidade de pagamento do IPTU ao inquilino. Obrigado ao “Bacharel” pelo alerta. Muito oportuno.